domingo, 22 de novembro de 2009

O olhar.




Porque eu concordo muito com essa frase e prefiro não crescer. Não quero "porques" ou um "Veja bem". Procuro ver com o coração. Sempre.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O sentido da saudade sentida.

Há mais ou menos sete anos, a saudade se tornou uma constante em minha vida. Não sei se a palavra “constante” seria a mais adequada para esse sentimento que, diferente da palavra, não é tão invariável assim. Tudo bem. Não consegui encontrar outra palavra.
É claro que esse sentimento já me havia tocado antes em vários momentos, mas hoje em dia ela é contínua. É como se fosse um braço, uma perna, um nariz, ou melhor, uma sombra. Sim, minha saudade é sombra. Essa sim eu sempre carrego comigo.
Por ser uma constante, eu sempre convivi de uma forma muito amigável com ela. Tinha (e tenho) saudade de casa, saudade da mãe, do pai, irmão e irmã. Saudade de avó, avô, tios, primos. Saudade dos meus amigos e também do namorado (quando tinha). Saudade dos cachorros também. Saudade de lugares e momentos. Saudade de livro e do cheiro do livro. Saudade do gosto. Saudade do abraço. Saudade da sensação. Saudade da cor. Saudade da saudade.
Fico pensando se sente mais saudade quem tem boa memória. Acho que sim. Quer dizer, eu não seria justa com os desmemoriados. De repente, a saudade cutuca mais vezes as pessoas que têm a memória mais elefantosa. É, pode ser isso. A verdade é que nunca senti tanta saudade como nessas duas últimas semanas. E acho que vai assim daqui pra frente.
Escutei o padre falando que a saudade é o amor que fica. Achei muito bonito e fiquei com essa definição na cabeça. Lembrei de outras coisas que já havia lido e acho que concordo com Clarice Lispector quando diz: “Sinto falta dele como se me faltasse um dente da frente: excrucitante”. A verdade é que sinto falta. Muita falta.